De visita à República da Praça, em Coimbra, no final de mais um dia de campanha, Maria de Belém, depois de conhecer o recente despejo desta republica por parte do senhorio, reforçou a necessidade de uma política social de apoio aos estudantes.
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Há um papel a desempenhar nesta área pelo presidente da República, para que nenhum estudante seja excluído por razões económicas.
Recebida com uma serenata à porta da República da Praça, Maria de Belém recordou tempos de estudante de Direito em Coimbra, que garante terem sido de grande responsabilidade. "Quando cheguei a Coimbra o meu pai deixou um cartão à madre a dizer a minha filha pode ir para onde quiser, com quem quiser e regressar quando quiser, a minha mágoa é que isso nunca foi respeitado.
Já no interior ficou a saber que a alteração à lei do arrendamento "despejou" a República da Praça da sua casa original na Praça da República para a rua João de Deus, e sublinhou a importância de uma política social de apoio aos estudantes. "Aquilo que é indispensável é que haja uma política social de apoio aos estudantes, porque essa é a grande preocupação", a de garantir que as pessoas que querem frequentar o ensino superior não sejam excluídas por razões económicas. Sobre esta questão, Maria de Belém aponta competências neste campo ao presidente da República: "tem o poder e o dever de chamar sistematicamente à atenção para essas questões e ajudar naquilo que estiver ao seu alcance no sentido de garantir que isso não aconteça".
No sumário Maria de Belém incluiu o número elevado de jovens portugueses qualificados que tiveram de emigrar. Respondeu a todas as perguntas dos estudantes e não saiu sem fazer uma: "pensam que hoje faz sentido ter uma mulher na presidência da República?". Os estudantes responderam que sim.