O candidato defendeu hoje a prioridade comunista aos direitos dos trabalhadores, criticando o programa de Marcelo Rebelo de Sousa, que considera ser "um Cavaco a cores".
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A caravana comunista passou a tarde a distribuir propaganda à porta de empresas e começou na Maia, onde o candidato Edgar Silva escutou as queixas dos trabalhadores da FicoCables, uma das maiores empregadoras do concelho, com cerca de 800 funcionários, a maioria mulheres.
"Houve uma altura que tentaram tirar as cadeiras e tiveram que as repor porque muita gente não aguentava oito horas de pé, sempre paradas no mesmo sítio, em movimentos repetitivos", descreveu Conceição Azevedo, delegada sindical.
Aos jornalistas, Edgar Silva salientou que os direitos dos trabalhadores são ponto de honra na candidatura comunista. "A questão do trabalho e dos trabalhadores não é uma nota de rodapé nos compromissos. É um vetor nuclear e que nos diferencia de outras candidaturas, nomeadamente a apoiada pelo PSD e CDS".
E sublinhou as diferenças: "Não só Marcelo Rebelo de Sousa, como também Passos Coelho, quis, como aconteceu em 2010, impor uma revisão constitucional que atentava contra direitos fundamentais dos trabalhadores, nomeadamente o fim da inconstitucionalidade dos despedimentos sem justa causa", disse.
Na mesma ocasião, Edgar Silva, que tem criticado Marcelo por esconder os apoios do PSD e do CDS, regista que até Passos Coelho lhe dá razão, quando "em entrevista a uma rádio dizia que, no essencial, na conceção da presidência e na natureza das políticas [Cavaco e Marcelo] não se diferenciam".