O candidato comunista tem passado o dia de campanha com trabalhadores e garantiu que não hesitará em recorrer ao poder de veto em relação a todas as medidas que atentem contra os direitos dos trabalhadores.
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"Se for Presidente, se o povo assim o quiser através do voto, não hesitarei a utilizar todos os poderes, inclusivamente o poder de veto, para impedir que sejam roubados direitos a quem trabalha em Portugal. Já chega de toda uma narrativa de roubo de direitos, de assalto aos salários de quem trabalha", assegurou, aos jornalistas, à porta da OGMA, em Alverca, quando confrontado com o regresso da Troika a Portugal no final do mês e com notícias que dão conta de um descontentamento de Bruxelas quanto ao cumprimento do programa de ajustamento.
Na ocasião, Edgar silva reafirmou a necessidade de acabar com a "subserviência a interesses estranhos e estrangeiros ao país".
"O Presidente da República tem que estar comprometido com a defesa dos interesses do nosso país e não em saciar a fome voraz de quem procura defender os interesses da agiotagem e dos especuladores", disse.
Antes, num almoço com trabalhadores da Câmara de Palmela, o candidato comunista tinha já defendido uma maior justiça salarial para combater as desigualdades sociais.
Edgar Silva aludiu a estudos recentes para assinalar o agravamento, nos últimos anos, das "assimetrias e clivagens" entre os mais ricos e os mais pobres, defendendo que "sem que se toque na estrutura dos salários, numa distribuição diferente do rendimento e da riqueza criada, não haverá maneira de vencer a pobreza e as escandalosas desigualdades do país".