Edgar Silva foi hoje a Silves, a única Câmara comunista do Algarve, defender o avanço da regionalização, sem estar sujeito à realização de referendo, que considera um "obstáculo".
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Conduzido pela autarca Rosa Palma, o candidato apoiado pela CDU, percorreu as ruas da cidade e ouviu as queixas de um comerciante sobre a ausência de investimentos estratégicos na região e o esquecimento a que diz estarem votados por parte do poder central.
"Há anos que ouvimos falar do desassoreamento do Rio Arade que se fosse concretizado faria explodir o turismo em toda esta zona interior", lamentou. "Dá apoio a uns e outros trata-os como se fossem portugueses de segunda", respondeu Edgar, aproveitando a ocasião para lançar o tema da regionalização na campanha comunista.
O candidato aponta o Algarve como exemplo daquela que poderia já ser uma das regiões administrativas do país, à imagem dos Açores e da Madeira. Defende "uma nova lógica de desenvolvimento, uma estrutura intermédia um pouco como já existe nas regiões autónomas que tem não só poderes e competências próprios, mas também órgãos de governo com sentido de decisão mais avançada quanto àquilo que é mais importante para bem servir as populações", disse.
Edgar Silva defende que cabe ao Presidente da República ser o paladino da defesa das regiões e que a regionalização deve avançar mesmo sem referendo, que, de resto, considera um "obstáculo".
"Já não vale a pena impor mais dificuldades. O importante é fazer cumprir o que está previsto na Constituição, que é o dever de descentralizar e desconcentrar, criar regiões para melhor servir o povo e as populações", afirmou.