Jerónimo defende que voto útil é na CDU para evitar uma maioria absoluta
Jerónimo de Sousa afirmou este domingo, num comício em Alpiarça, que o "voto só é útil quando serve a quem o dá" e apontou o dedo a Passos Coelho dizendo que a palavra do primeiro-ministro vale "tanto como um tostão furado".
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"Voto útil para quem? Para quê? Mas o voto não pode ser útil só para quem o recebe, o voto também deve ser útil para quem o dá porque esse voto tem um significado", afirmou o líder da Coligação Democrática Unitária (CDU) num almoço-comício em Alpiarça, ao qual compareceram 800 pessoas em vez das 600 previstas.
Por isso, diz Jerónimo de Sousa, o voto útil é na CDU para evitar uma maioria absoluta: "Querem uma maioria absoluta para quê? Já tiveram as maiorias absolutas todas ao longo dos últimos 39 anos e quanto mais maiorias absolutas existiam mais estabilidade governativa conseguiam mas mais infernizaram a vida aos portugueses. como no tempo de Cavaco, como no tempo de Sócrates, como no tempo de Durão Barroso".
Jerónimo apontou ainda o dedo a Pedro Passos Coelho, afirmando que a palavra do primeiro-ministro vale "tanto como um tostão furado", referindo-se a promessas no sentido de não serem necessários mais cortes de salários ou pensões.
"Ainda ontem [sábado] ou hoje, já nem sei, Passos Coelho veio dizer que não vão cortar mais salários nem mais pensões. As promessas e declarações de Passos Coelho, tendo em conta o que disse no passado e fez no presente, valem tanto como um tostão furado. Não têm credibilidade nenhuma porque mentiu quando disse que não cortava e cortou, que não atingia os mais pobres e atingiu. A sua palavra vale zero", disse.