João Jardim quer Marcelo em Belém para "reequilibrar o país ao centro"

Homem de Gouveia / Lusa
O ex-presidente do Governo da Madeira, Alberto João Jardim, afirmou que Marcelo "nada tem a ver com o neoliberalismo errado" de Passos Coelho. Em campanha na ilha, o candidato afirmou que, se for eleito Presidente da República, um dos seus primeiros gestos "será para o Ronaldo".
"Se os portugueses me elegerem Presidente de Portugal, dos primeiros gestos que terei, um deles será para o Ronaldo", assegurou o candidato presidencial no âmbito de uma visita ao Museu do CR7, no Funchal, no decorrer da deslocação em campanha eleitoral que efetua hoje à Madeira.
O candidato presidencial teve nesta visita guiada ao museu a companhia do ex-presidente do Governo da Madeira Alberto João Jardim e do atual chefe do executivo insular, Miguel Albuquerque.
Logo no início da visita, Marcelo Rebelo de Sousa foi "brindado" com uma mensagem de Cristiano Ronaldo.
"Sei que está aí no meu museu, espero que goste", foi a mensagem enviada por Cristiano Ronaldo para Marcelo Rebelo de Sousa, que foi visionada durante a visita que efetuou ao núcleo do internacional português, nascido na Madeira, inaugurado a 15 de dezembro de 2013, num espaço que reúne 170 troféus, entre os quais as Bolas de Ouro (2008, 2013 e 2014), as Botas de Ouro (2007/2008, 2010/2011 e 2013/2014), e fotos emblemáticas que documentam a carreira do jogador.
Alberto João Jardim acompanhou esta visita e mostrou apoio a Marcelo Rebelo de Sousa. "Penso que a eleição do professor Rebelo de Sousa, como é tradição em Portugal, poderá reequilibrar o país ao centro", disse Jardim.
O ex-líder madeirense, que acompanhou o antigo presidente do PSD nesta ação de campanha no Funchal, acrescentou que "gostava que Marcelo ganhasse à primeira volta, porque à segunda é mais difícil".
"Eu apoio o professor Marcelo Rebelo de Sousa, mas tenho uma discordância com ele", adiantou, apontando que o candidato é "pró situação constitucional", da qual discorda.
Para Jardim, "não apareceu um único candidato antirregime nestas eleições", considerando, por isso, "que a democracia ficou incompleta".
Instado a comentar se tinha pena de não ter avançado com uma candidatura a estas eleições presidenciais, respondeu: "Eu não sou um Dom Quixote, e, portanto, ou se tem meios ou não se tem", acrescentando não ter "pena nenhuma" de não ter avançado.
"Nestas coisas, ou se vai quase pela certa, ou então não se vai, mas não se anda a brincar aos dons Quixotes nestas coisas", referiu.