Se for eleita presidente da República, Maria de Belém quer combater a precariedade laboral. Sabe que não é governo, mas garante ter a capacidade de mobilizar a sociedade civil para reverter esta situação.
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A candidata à Presidência da República concorda com a necessidade de flexibilizar as condições do trabalho, mas discorda com o enfraquecimento dos vínculos laborais. Ontem à noite, sexta-feira, em jantar comício, onde esteve acompanhada por Manuel Alegre apontou a contratação coletiva como uma defesa para a precariedade laboral.
Maria de Belém não promete utopias, "nem milagres, nem coisas absolutamente inimagináveis, mas prometo aquilo que acho que sou capaz de fazer".
E por isso, sem promessas ocas, a candidata quer combater a precariedade laboral, dizendo que "se enfraqueceu-se o direito ao trabalho e o emprego nem mudou, nem cresceu. Cresceu a precariedade, transformada em recibos verdes ou em contratos a prazo para além do que é razoável".
A candidata concorda com o argumento de que é preciso flexibilizar as condições de trabalho "para facilitar a vida de todos, para ajudar as empresas a aumentarem o seu nível de produtividade, mas a flexibilização das condições de trabalho não tem nada a ver com o enfraquecimento do direito laboral, do vínculo laboral".
Por isso defende a contratação coletiva, "porque permite que o trabalhador mais frágil seja representado por outrem, que não está dependente do poder maior de um sobre o outro", acrescenta.
Maria de Belém está ainda preocupada com uma nova geração, que trabalha, que tem ocupação, mas não ganha dinheiro suficiente para enfrentar o dia-a-dia.