Marcelo Rebelo de Sousa e Sampaio da Nóvoa trocaram, esta noite, acusações na SIC Notícias. Os dois candidatos presidenciais não se pouparam nas criticas mútuas em assuntos como a experiência politica ou a falta dela.
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Sampaio da Nóvoa lembrou que Marcelo Rebelo de Sousa muitas vezes subscreveu as medidas de austeridade do anterior Governo, afirmações que levaram o candidato indicado pelo PSD e CDS a puxar de credenciais: "A sua história é de vazio, é de ausência. Há uma diferença de história política. Os portugueses sabem onde eu estive no 25 de novembro, na altura da adesão ao euro. O professor apareceu agora virgem há três ou quatro anos, a tomar posição política", acusou Marcelo Rebelo de Sousa.
Uma acusação que surpreendeu Sampaio da Nóvoa que respondeu que muitas vezes ouviu Marcelo dizer uma coisa e logo de seguida o seu contrário: "o que é impressionante é que sobre todas as matérias temos 20 citações a dizer uma coisa, e 20 citações a dizer o contrário".
Um debate aceso que voltou a aquecer quando Sampaio da Nóvoa acusou Marcelo de há muito ter decidido ser candidato à presidência da República e de ter mantido um tabu.
O ex-reitor da Universidade de Lisboa defendeu que o Presidente da República deve ser "mais do que um árbitro" e "tem de se bater por causas", e lembrou que três ex-chefes de Estado - Ramalho Eanes, Jorge Sampaio e Mário Soares - lhe manifestaram o apoio à sua candidatura.
Rejeitando que o apoio expresso do PSD e do CDS-PP à sua candidatura seja "tóxico", Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que o seu adversário quer ser o presidente de "uma parte do país", e defendeu que o Presidente tem de estar acima dessas divisões.