O candidato diz-se pasmado pelo facto de atacarem o seu passado como comentador.
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Marcelo Rebelo de Sousa terminou o primeiro dia oficial de campanha em Mirandela, no distrito de Bragança, onde voltou a dizer que o sucessor de Cavaco Silva tem de ser um homem de diálogo, capaz de criar pontes. Numa sessão pública, o candidato deu o percurso pessoal e político que tem como exemplo, explicando que até nos comentários televisivos - "pasmo por considerar um pecado", disse - foi capaz de gerar consensos.
" Aquilo que eu fiz - pasmo por se considerar um pecado -, que foi semanalmente, ao longo de décadas, conviver com as portuguesas e os portugueses, abrindo pistas de reflexão, criando como que uma cumplicidade cívica, no sentido de (...) haver uma disponibilidade para discutir problemas e tentar encontrar soluções", defendeu o candidato presidencial numa alusão aos ataques de que defende ter sido vítima no período de pré-campanha.
Já na fase final da corrida às eleições presidenciais, o candidato recomendado pelo PSD e o CDS contou com o ambiente de um pequeno comício em Mirandela, mas continua a insistir na ideia de uma campanha modesta e apenas com apoiantes anónimos que participam nas iniciativas indo "cada um pelo seu pé, sem mobilizações, sem qualquer tipo de organização". Certo é que, durante todo o dia por municípios de Vila Real e Bragança, Marcelo, que recusa a presença de máquinas partidárias que o ajudem, contou com o apoio de autarcas social-democratas e a presença distante de alguns dirigentes distritais do partido.