Marcelo Rebelo de Sousa defendeu ao final da manhã desta segunda-feira, na Guarda, que estas eleições presidenciais são diferentes das de 1986.
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Ao contrário do que aconteceu há 30 anos com Freitas do Amaral, Marcelo Rebelo de Sousa está "na esquerda da direita". Além disso, o candidato presidencial sustenta que na atual corrida a Belém não há "clivagens ideológicas profundas".
Trinta anos volvidos sobre as presidenciais em que se defrontaram Freitas do Amaral, Mário Soares e Salgado Zenha, Marcelo Rebelo de Sousa considera que se vive agora uma situação diferente. "A primeira diferença é que não tem existido confronto ideológico nesta campanha. Há diversidade de projetos, mas não há clivagens ideológicas profundas. Em segundo lugar, Freitas do Amaral vinha da área do CDS, não vinha ao centro. Não vinha da esquerda da direita", salienta o candidato, lembrando que o governo de outrora era liderado por Cavaco Silva, ao contrário do atual executivo de esquerda.
Situando-se na "esquerda da direita", Marcelo quer ter um resultado diferente do de Freitas do Amaral, por considerar que o país mudou e porque não quer pensar numa ida à segunda volta. "Não se deve deixar para 14 de fevereiro, o que pode fazer a 24 de janeiro", insistiu, defendendo que a decisão sobre o futuro presidente deve ficar fechada à primeira volta.
Talvez por isso, mesmo debaixo de chuva, o candidato se aventurou num contacto com a população no centro da cidade da Guarda e sob o olhar atento de Álvaro Amaro, presidente dos autarcas laranjas. Pelo caminho, cumprimentou lojistas e recebeu umas pantufas.