Marcelo Rebelo de Sousa espera que o governo de António Costa "não caia" e promete ser um presidente diferente do que foi Cavaco Silva: "Mais próximo das pessoas" e capaz de "construir pontes".
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No quinto dia de campanha, o candidato presidencial regressou à escola para fazer o que mais gosta: ensinar.
Numa longa aula de História sobre democracia portuguesa a alunos do 12ºano, em Alcabideche, Cascais, Marcelo Rebelo de Sousa definiu o cargo de Presidente da República como um "fusível de segurança", cujos poderes são "moderados" no dia-a-dia mas "em situações de crise grave, esses poderes reforçam-se". "É uma espécie de fusível de segurança", acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa reconhece que a situação política do país pede "criatividade e imaginação" e defende a estabilidade. Se for eleito, o candidato espera que não seja acionado o "fusível" e que o governo de António Costa "não caia", dizendo que não está "à espreita para que isso ocorra".
"Eu sei que tenho sido muito criticado por algumas pessoas, inclusivamente do meu partido ou da minha área política, que dizem: tu devias chegar lá e apanhá-los na primeira curva e dissolver para ver se nós vamos para o governo". Marcelo não concorda e insiste que "o Presidente da República tem de ser um árbitro", que pra o candidato não pode andar "a ver se descobre um penálti para marcar".
Distinguindo-se de Cavaco Silva, o candidato promete ser um "presidente mais próximo das pessoas e que construa pontes".