Júlio Machado Vaz, mandatário distrital de Maria de Belém no Porto saiu ontem ao final do dia em defesa da candidata, que terminou o terceiro dia a inaugurar a sede de campanha na Maia.
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Ainda sobre o debate televisivo em que Marcelo Rebelo de Sousa disse que Maria de Belém era "psicóloga", Júlio Machado Vaz, psiquiatra de profissão, garante que não é preciso pertencer ao clube dos "psis" para perceber que Marcelo Rebelo de Sousa era outro.
Mais tenso, mais irritado e com uma crispação que até então tinha estado ausente. Júlio Machado Vaz traça o diagnóstico de Marcelo Rebelo de Sousa no frente a frente com Maria de Belém. "Não é preciso ser psiquiatra ou psicólogo, ou seja, pertencer ao clube dos psis para ter reparado que nesse debate, e no debate com Sampaio da Nóvoa, estávamos na presença de outro Marcelo Rebelo de Sousa".
Maria de Belém agradeceu a presença de Júlio Machado Vaz e não resistiu a mais uma observação: "Com uma expressão facial, que resulta da experiência cruzada com a sabedoria, que é muito interessante para uma análise externa da minha parte, e não veja nisto nada de "psi". Isto acontece porque as mulheres são muito observadoras", acrescentou.
E, por isso, ao longo do dia observou: no IPO o doente está no centro do sistema. Na Unidade Local de Saúde de Matosinhos existe articulação nos cuidados de saúde primários. No I3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, no Porto considerou digno de mostrar a diplomatas estrangeiros.
E por isso, na inauguração da sede de campanha, na Maia, lançou farpas a quem tenta ridicularizar a ideia de que as instituições portuguesas deveriam ser mostradas a quem visita o país. "Instalações que todos visitaram e que vos podem dar uma ideia daquela minha ideia, que foi ridicularizada, de que temos instalações em vários domínios que são próprias para serem visitadas pelos estrangeiros que recebemos no nosso país".
Maria de Belém voltou a pautar o discurso pela economia social, porque tem consagração constitucional e porque o conselho europeu convida à sua promoção, trazendo consigo o documento europeu e avançando que "ninguém duvida que Portugal se encaixa na identificação" nele contida, nomeadamente no apoio aos mais vulneráveis, "pessoas que foram centrifugadas pelo sistema".
Esta é a mensagem forte que Maria de Belém pretende transmitir com a sua campanha, acrescentando que é difícil que ao fim de 40 anos de vida pública existam áreas no país que desconheça. Se está a apostar na economia social não é por conforto é mesmo por convicção, assume a candidata.