No segundo dia de campanha, Maria de Belém acusa os que dizem não precisar dos partidos, mas que se aproximam depois para ganhar eleições. Diz que as suas opções são claras e que sente estar bem rodeada de autarcas e deputados socialistas, ainda que a sua candidatura seja independente.
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A igualdade territorial será assunto para colocar em cima da mesa da presidência da República, caso Maria de Belém venha a ser eleita. A candidata assume-se como uma combatente das desigualdades sociais e inclui a desigualdade territorial no elenco.
O Estado não tem sido capaz de diminuir as desigualdades territoriais. Por isso, Maria de Belém garante que tudo fará para que tal aconteça. "E porque é que não há de o presidente da República ter um discurso forte, uma magistratura de influência, no sentido que essas desigualdades sejam progressivamente resolvidas?", questionou.
Maria de Belém apelou à igualdade de portugueses do litoral e do interior. "Tendemos a tratar soberanamente aqueles que consideramos mais fracos, num país que tendemos a tratar com arrogância aqueles que parece que não têm os mesmos direitos que nós a desenvolver determinadas causas cívicas".
Em Beja, a candidata entrou no folclore da política e aproveitou para deixar o recado. A candidatura não é partidária, mas Maria de Belém afirma que se sente bem rodeada de socialistas.
"O facto de não ser uma candidatura partidária não significa que seja o momento para dizer mal dos partidos, para dizer que os partidos são geradores de intriga e que precisam de alguém de fora dos partidos para os reabilitar, mas quando chega a altura de ganhar eleições os partidos já são necessários", avança.
Uma estratégia errada no entender de Maria de Belém, que se assume defensora de grandes causas, sendo que a desigualdade de desenvolvimento territorial é apenas um exemplo.