Maria de Belém afirma que o que está a "minar" a segurança social são os paraísos fiscais e não as pensões e aproveita este argumento para justificar as constantes visitas a lares e centros de apoio social durante a sua campanha.
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Num almoço comício em Fafe, acompanhada pelo porta-voz da candidatura, Vera Jardim, e pelo deputado socialista Laurentino Dias, Maria de Belém, que se diz não ser "malabarista das palavras" e volta a sublinhar a importância da economia social.
Em relação aos paraísos fiscais estarem a minar a segurança social, Maria de Belém desafia a União Europeia: "gostava muito mais de discutir na UE se não estão a escapar receitas aos Estados por via dos paraísos fiscais, que estão a fazer falta para que o Estado financie as políticas públicas de apoio às pessoas", avança.
No entender da candidata não são as pensões o problema da Segurança Social e compara Portugal com a Suécia: "enquanto na Suécia as pessoas com 65 e mais anos podem ter uma expectativa de vida com qualidade de mais de 15 anos, em Portugal essa expectativa não é superior a 5 anos, o que significa que os portugueses mais velhos estão a sofrer o impacto da vida dura que tiveram".
E isso justifica que por várias tenha visitado lares e centros de dia na sua campanha. Hoje mesmo, Maria de Belém visitou uma instituição social da Misericórdia de Vila Verde, no distrito de Braga.
Maria de Belém insiste na necessidade de trabalhar pela coesão social e garante que não é só retórica: "não sou uma malabarista das palavras, não sou uma misturadora e criadora de palavras bonitas. Sou cristã, como já várias vezes afirmei, mas não aproveito uma entrevista para estar de terço nas mãos, porque não são amuletos, feitiçarias ou instrumentos de sorte".
Belém contou com o apoio de Vera Jardim, que criticou aqueles que apelidam a candidatura de fação e de direita.