Passo Coelho disse que vai contactar o PS para dialogar. Paulo Portas falou em "espírito de abertura". António Costa, apesar de ter admitido a derrota nestas eleições, afastou um cenário de saída. A coligação entre PSD e CDS venceu as eleições, faltando ainda saber por quanto. O Bloco de Esquerda ficou à frente da CDU.
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Pedro Passos Coelho vai dizer ao Presidente da República que está disponível para formar governo numa coligação com o CDS, que será formalizada em breve.
No discurso de vitória, o líder da coligação PàF anunciou que o PSD e o CDS vão convocar os órgãos dos respectivos partidos para "formalizar um acordo de governo que sempre esteve subjacente ao acordo de coligação". Passos Coelho anunciou que, nos próximos dias, comunicará ao Presidente da República que está "disponível para formar Governo". Considerando "inegável" que o novo desenho parlamentar "exigirá mais de todos nós", Passos Coelho considerou "desafiantes" os próximos tempos. Adiantou que tomará a iniciativa de, no plano parlamentar, contactar o PS para "procurar os entendimentos indispensáveis a reformas importantes e estruturais", entre elas a da Segurança Social.
Passos Coelho diz ter a "expectativa" de que o Partido Socialista "estará disponivel" para possibilitar essas "reformas importantes", no âmbito das regras europeias. "Não deixaremos de ir ao encontro dos que se filiam numa opção europeia e respeitando as regras da zona euro", garantiu.
Por seu lado, o parceiro de coligação, Paulo Portas, atirou-se ao PS que, disse, sofreu uma "derrota inapelável". E também falou sobre a necessidade de governar sem amioria absoluta. "Isso implica da parte de todos um esforço enorme de política responsável, de política de abertura, e de política de compromisso. Estou absolutasmente convicto que da nossa parte esse espírito responsável de abertura e de compromisso, que já marcou o diálogo social e a procura de entendimentos em matérias estruturantes para portugal, etará presente e se reforçará. O povo falou, saberemos, certamente, honrar o que o povo disse."
"Assumo a responsabilidade" diz Costa
O líder do Partido Socialista, um dos principais, se não mesmo o principal, garantiu que não vai sair da liderança. "Não sou, nem serei, um problema para o PS." Costa assumiu a derrota: "assumo inteira responsabilidade" disse o líder do PS, que sublinhou no entanto que "a perda da maioria pela coligação configura um novo quadro político". "Infelizmente, a maioria que expressou uma vontade de mudança ainda não se transformou numa maioria de governo". Admitindo que este não é um bom resultado para os socialistas, o secretário-geral do PS sublinha: "O PS assume a plena responsabilidade de garantir que a vontade dos portugueses não se perca na ingovernabilidade. O PS não contribuirá para maiorias negativas" garantiu António Costa, numa declaração no Hotel Altis, em Lisboa. Acrescentado: "Não vamos viabilizar um governo, sem termos um governo para viabilizar'. Mas também não vai ser um governo do contra."
Pode ver a contagem final aqui, sendo que ainda faltam contar os votos do estrangeiro.
Aqui, acompanhámos ao minuto o que se passou nesta noite de eleições.
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