Do Porto, a Penafiel, a Leiria e a Lisboa. A votação de outros candidatos
Paulo de Morais, Vitorino Silva, Cândido Ferreira, Henrique Neto e Jorge Sequeira votaram todos de manhã.
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Paulo de Morais diz que o dia de eleições é "o dia mais importante para a democracia", por isso, o candidato presidencial espera que este domingo os eleitores exerçam o seu direito e o seu dever.
Para Paulo de Morais, " os países são tão mais desenvolvidos quando mais participadas são nas eleições".
Pouco após ter votado, o candidato confessou estar "feliz e de consciência tranquila".
Vitorino Silva também já votou, na freguesia de Rans, em Penafiel, onde previu pouca abstenção, porque "as pessoas cada vez estão mais livres".
"Vai haver pouca abstenção, porque as pessoas estão cada vez mais livres e perceberam que, cada vez, são mais importantes para o futuro deste país", afirmou aos jornalistas, depois de ter exercido o seu direito de voto.
O candidato disse ter-se arrepiado quando votou, destacando o facto de ter recebido o boletim das mãos da sua filha, de 18 anos, que presidia à mesa da secção de voto.
"Ao receber o boletim das mãos de uma jovem, lembrei-me de todos os jovens que, infelizmente, muitas vezes não comparecem", comentou.
Em Leiria, o candidato presidencial Cândido Ferreira apelou aos portugueses para votarem "maciçamente", apesar do "desencanto" que existe em relação à democracia.
Eram cerca das 10:00 quando Cândido Ferreira chegou ao pavilhão desportivo dos Pousos, freguesia do concelho de Leiria. Acompanhado da mulher, o candidato presidencial votou na secção 13.
Cândido Ferreira revelou que vai passar o dia com a família, "tranquilamente" e que vai assistir às primeiras projeções e resultados das eleições num restaurante em Leiria, acompanhado de uma "pequena receção".
"Convidei meia dúzia de amigos: serão 30, 40 ou 50 pessoas, porque não fizemos nenhuma espécie de mobilização", informou ainda Cândido Ferreira, médico de 66 anos.
Já o candidato presidencial Henrique Neto disse estar "otimista" numa elevada afluência às urnas. Passavam dois minutos das 11:00 quando Henrique Neto chegou à sua secção de voto na Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, no Chiado, em Lisboa.
Depois de votar, o candidato a Presidente da República disse que um bom resultado já seria a maioria dos portugueses votarem.
"É muito importante que os portugueses votem hoje porque é uma forma de se responsabilizarem por aquilo que acontecer no país nos próximos meses e anos", sustentou.
Num estado de espírito de "democrata", o candidato presidencial disse acreditar numa segunda volta, apesar de "ser difícil" prever o resultado.
"O meu estado de espírito é de democrata que sempre fui na minha vida e a democracia realiza-se independentemente de quem ganhar e de quem perder", acrescentou.
Henrique Neto lamentou ainda que não tivesse passado "nenhuma mensagem" durante a campanha eleitoral.
"Uns porque não quiseram, outros porque não puderam. Há sempre o drama de um candidato independente, como o meu caso, de querer explicar aos portugueses o conjunto dos problemas que o país enfrenta, ou fazer como alguns candidatos fazem que é concentrar tudo numa única frase, num único "soundbite", que é útil para a campanha e voto individual mas, no meu ponto de vista, é mau para a democracia e para os portugueses", afirmou.
O candidato, que garantiu que votará em branco no caso de haver uma segunda volta, disse ainda que continuará ativo na vida política.
"Ando ativo há tantos anos que não seria agora que deixaria de o fazer. Vou tentar mostrar aos portugueses que o país tem solução, que os problemas que atravessamos têm causas e que Portugal é um grande país", concluiu.
Jorge Sequeira votou no Porto, ao final da manhã, e afirmou esperar "que seja um dia de cidadania plena, de democraticidade. É incrível esta invenção da Humanidade que uma pessoa, só com uma caneta, [pode] fazer uma cruzinha e mudar o mundo. Isso deixa-me radiante. É um dia em que os portugueses têm que ter orgulho pela liberdade que conquistaram e agora há que exercê-la", afirmou o candidato presidencial aos jornalistas antes de votar na escola Clara de Resende, no Porto.
Jorge Sequeira, que se mostrou "sereno", apesar de uma "pequena inquietude, mas saborosa", sublinhou que o número recorde de candidatos fará com que a abstenção se reduza, naquilo que considerou uma "prova plena de uma democracia bem madura".