"Porta-aviões" Lajes precisa de ser "reorientado" diz Maria de Belém
A candidata esteve esta tarde reunida no Grémio Literário de Lisboa com ministros e embaixadores de países da América Latina. Maria de Belém deixou claro que se for eleita Presidente da República irá visitar primeiro um país de língua portuguesa e que quer estreitar relações com a CPLP.
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Já na relação euro-atlântica, Maria de Belém focou-se sobretudo no papel de Portugal na NATO e na necessidade de reavaliar a relação com os EUA no assunto "Base das Lajes"
Referindo-se a esta plataforma militar como "o porta-aviões de Portugal", Maria de Belém quer uma nova dinâmica na relação com os EUA, lembrando que a base das Lajes "tem sofrido algumas vicissitudes ao longo destes últimos anos e por isso necessitará de uma reorientação do ponto de vista do seu papel nas relações entre os países".
Maria de Belém está convicta da importância da NATO em relação às forças armadas portuguesas, sobretudo pela visibilidade que tem proporcionado a Portugal no contexto internacional, tendo até agora "permitido um relacionamento e uma capacidade de intervenção no palco internacional que deve ser relevada."
A candidata a Belém expôs a ministros e embaixadores da América Latina que existe uma subalternização das pessoas em relação à economia e o tema tem de fazer parte das agendas do G7 e do G20 porque "as pessoas precisam de sentir que a política evolui no sentido da defesa dos princípios, valores e dignidade da pessoa humana e não na sua instrumentalização", diz Maria de Belém referindo-se a temas como a regulação dos mercados financeiros e o combate aos paraísos fiscais.
Neste encontro com o IPDAL, Maria de Belém deixou claro que gestão da política externa pertence sempre ao governo. Cabe ao presidente da República a representação externa do Estado e o comando supremo das forças armadas.