Num dia dedicado às mulheres, Maria de Belém foi a Espinho ouvir histórias de pessoas com deficiência que singraram na vida.
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Na Biblioteca Municipal de Espinho, no distrito de Aveiro, pelo qual foi eleita duas vezes como deputada, Maria de Belém lembrou que a integração de pessoas com deficiência é uma área que lhe é muito próxima e onde pretende continuar a intervir.
Duas histórias de vida e duas áreas onde é preciso investir: infraestruturas de saúde e acessibilidades para pessoas com deficiência.
Depois de ouvir a história de Lia, arquiteta paraplégica atropelada aos 4 anos, ouviu Cristina dizer que foi submetida a um transplante dos pulmões no Hospital de Santa Marta. Uma cirurgia de ponta, ao nível do melhor do mundo, mas depois a doente foi colocada num quarto onde chovia.
A candidata diz que Portugal tem uma legislação no campo da deficiência e das acessibilidades ao nível do melhor do mundo, mas falta colocá-la em prática.
Maria de Belém aponta falhas na execução da legislação: "Falta-nos a aplicação dessa legislação na prática. Ratificámos a última convenção relativa a pessoas com deficiência, mas problemas comezinhos estão ainda por resolver", considera.
Conhecer histórias como estas não é um desprestígio, diz a candidata. "Aqui temos dois exemplos vivos que ensinam que exercer a política desta forma é prestigiante. Não é um ferrete, trata-se de investir na vida das pessoas".
Testemunhos com rosto serão sempre, para Maria de Belém, mais indicativos do que números.
Em concreto em relação ao Hospital de Santa Marta, Maria de Belém louvou o trabalho desenvolvido pelos profissionais de saúde, "enfermeiros e médicos dedicados", lembrando que se aguarda há muito a construção de um novo edifício e que as atuais instalações são adaptações de um antigo convento, que já não servem os atuais modelos de saúde.