Sampaio da Nóvoa critica "democracia como coutada para a caça aos votos"
O candidato defende que a campanha eleitoral deve ser um lugar de debate e confronto de ideias. Em Faro, Sampaio da Nóvoa insistiu na ideia de que a democracia e a República, por via da Constituição, têm de ser um espaço de oportunidades para todos e voltou a apontar baterias aos mandatos de Cavaco Silva.
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"Há quem veja a democracia como uma coutada para a caça aos votos, eu vejo a democracia como um espaço para ouvir as pessoas e debater ideias", disse Sampaio da Nóvoa durante o jantar-comício em que reuniu perto de 400 apoiantes.
Sem se referir diretamente a qualquer um dos candidatos, durante o dia, o antigo reitor da Universidade de Lisboa já tinha rejeitado a ideia de que a campanha eleitoral é apenas um "passeio" e, em Faro, reforçou: "A forma como organizo esta campanha, ouvindo as pessoas e apresentando exemplos e caminhos, é a forma como me pretendo comportar em Belém. Quero acreditar que todas as campanhas fazem o mesmo".
Durante o jantar, Sampaio da Nóvoa voltou a fazer "elogio da Constituição", contra o que identificou como o "perigoso discurso da fratura social" e a "falta de solidariedade ente gerações", sublinhando que o país precisa de voltar a "unir o que foi desunido" durante os últimos anos, também durante os mandatos de Cavaco Silva.
Já tivemos dez anos de um presidente que jurou cumprir e fazer cumprir a Constituição. Não queremos mais dez anos de omissão nas grandes causas", disse, apelando a "uma República de oportunidades para todos".
No jantar-comício em Faro, no Instituto D. Francisco Gomes, o candidato presidencial reuniu perto de 600 apoiantes. Um número que levou António Branco, mandatário distrital da candidatura a dizer-se "absolutamente convencido que este movimento não para mais até dia 24".