Sampaio da Nóvoa diz que convergência à segunda volta é "essencial" para vencer
Sem o apoio do PS na primeira volta, o candidato presidencial quer, à segunda volta, reunir "toda a gente" e, por isso, promete não "prejudicar" futuros apoios. O antigo reitor elege Marcelo Rebelo de Sousa e a abstenção como os principais adversários que quer combater através de "causas e princípios".
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"Não farei nada nesta campanha para prejudicar essa convergência na segunda volta, porque julgo que ela vai ser essencial para a minha vitória na segunda volta contra Marcelo Rebelo de Sousa", afirmou Sampaio da Nóvoa, em Oliveira de Azeméis, depois de visitar uma das sedes de candidatura.
Sem o apoio do Partido Socialista na primeira volta, e com parte do PS no apoio a Maria de Belém, o candidato presidencial quer fazer das duas semanas de campanha o arranque para uma segunda volta que considera "praticamente claro" que acontecerá e na qual espera receber o apoio "de toda a gente".
E, sem qualquer mágoa pela ausência de apoio oficial por parte do PS, sublinha: "Nunca recusei qualquer tipo de apoios. Nunca os pedi, mas também nunca os recusei. E espero que, na segunda volta, todas as energias de mudança, todas as lógicas de mudança que estão dentro desta candidatura, se mobilizem também a partir de outras candidaturas e de outros partidos".
Depois de, num primeiro momento, definir a primeira volta como início de um "novo tempo" para o país, Sampaio da Nóvoa quer fazer de uma segunda volta - frente ao antigo líder do PSD - um "tempo da convergência".
Sampaio da Nóvoa rejeita ainda que as várias candidaturas à esquerda lhe possam ser prejudiciais: "Esta candidatura é feita de uma grande pluralidade e a pluralidade nunca prejudica a democracia".
Principais adversários? Marcelo e abstenção
Para além de Marcelo Rebelo de Sousa, que acusa de constantes "ziguezagues", o antigo reitor da Universidade de Lisboa elege a abstenção como o "primeiro" adversário, que quer combater através de "princípios", de "causas" e da "capacidade de fazer campanha junto das pessoas".
Questionado sobre se concorda ou não com a ideia, transmitida por António Costa, de que a primeira volta será como primárias à esquerda, entre Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém, o antigo reitor rejeita a influência da ex-ministra da Saúde no resultado final das eleições e no confronto com o ex-líder do PSD: "Os meus dois adversários são estes: a abstenção e Marcelo Rebelo de Sousa".