Das palavras da deputada Joana Mortágua ao apoio do socialista Alfredo Barroso, a noite de Marisa Matias ficou marcada por elogios e agradecimentos.
Corpo do artigo
A candidata presidencial Marisa Matias prometeu hoje que não será uma Presidente disponível para fazer "vista grossa à violação dos direitos dos portugueses", assegurando a proteção de salários, pensões, saúde "seja qual for o Governo".
"Digo claramente aos portugueses, às portuguesas, a todos os deputados da Assembleia da República e ao primeiro-ministro, António Costa, que se for escolhida pelos portugueses poderão contar com todo o apoio da Presidente da República para defender o nosso país", reiterou Marisa Matias no comício de hoje à noite em Almada.
A candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda deixou a promessa de que não será "uma Presidente passador, disponível para fazer vista grossa à violação dos direitos dos portugueses e das portuguesas". "Comigo salários, pensões, saúde, educação, cultura, igualdade, justiça são mesmo para proteger seja qual for o Governo, seja qual for a maioria", assegurou.
Na opinião de Marisa Matias, "quem tem de decidir sobre as escolhas da política económica em Portugal é a Assembleia da República e o Governo de Portugal", referindo-se às intromissões de Bruxelas no Orçamento do Estado para 2016. "Tudo farei para que a Assembleia, o Governo e a Presidente da República unam esforços para dizer de forma clara a quem se tenha esquecido que Portugal é uma república democrática e soberana e que em Portugal mandam aqueles que os portugueses elegeram", vincou.
No dia em que saíram várias sondagens, Marisa considerou que "o espaço que esta candidatura ganhou foi arrancado a ferros" e que "nesta reta final esta candidatura corre cada vez mais", numa campanha que quis fazer para "ajudar a deixar para trás o país das tristezas e de um triste Presidente". A eurodeputada do BE bate-se assim por um país em "que não se abra mais buracos nas contas públicas para tapar os buracos dos bancos", um Portugal da igualdade contra o privilégio.
Em Almada subiu ao púlpito um apoiante que já tinha estado com o BE nas últimas duas campanhas eleitorais, o antigo socialista e um dos fundadores do PS Alfredo Barroso. "É preciso mudar de vida, meus amigos. É preciso que nos libertemos gradualmente deste modelo de sociedade dominada pelos ricos e poderosos", defendeu.
Independentemente do resultado de Marisa Matias, que antecipa que vai ser bom, o antigo socialista considerou: "é na luta da candidata que temos que confiar". Alfredo Barroso enumerou o apoio à candidatura presidencial apoiada do BE da deputada do PS Helena Roseta, da antiga secretária de Estado da Educação Ana Benavente, do escultor João Cutileiro e do músico António Pinho Vargas, que "exprimem bem o desejo de tanta gente".