Esta noite, os candidatos presidenciais sentam-se à mesa para o debate final. Nobre Correia avisa que pode ser difícil. Adelino Montez diz que vai servir sobretudo para quem vota à esquerda.
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São nove candidatos a esgrimir os argumentos finais a cinco dias das eleições que vão decidir quem é o próximo Presidente da República. A única ausência é de Maria de Belém. A candidata anunciou que não vai participar depois da morte de Almeida Santos. O debate é transmitido na RTP a partir das 21:00 e vai durar duas horas e meia.
Nobre Correia, professor de Jornalismo na Universidade Livre de Bruxelas, acredita que este debate vai ser difícil de gerir especialmente com "o mau hábito na sociedade portuguesa, vai haver muita gente a falar ao mesmo tempo".
O professor defende que os debates deveriam ter menos participantes e dá o exemplo do que se passa em França. Nobre Correia compreende a opção da RTP "em termos de obrigação de televisão de serviço público", mas teme que a confusão supere a tentativa das posições dos candidatos.
Do ponto de vista político, o politólogo José Adelino Maltez diz que este debate servirá sobretudo para ajudar alguns eleitores a decidirem em quem vão votar à esquerda, forçando ou não uma segunda volta.
Para José Adelino Maltez, se estes candidatos tiverem mais votos do que dizem as sondagens, Marcelo Rebelo de Sousa pode enfrentar uma segunda volta, algo que não estará nas mãos de Sampaio da Nóvoa ou de Maria de Belém.