Estudos recentes têm revelado que as empresas a abordar ativamente as questões sociais e ambientais retêm melhor os clientes e colaboradores, sendo esperado um retorno mais elevado no longo prazo.
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O lucro de curto prazo é cada vez menos o indicador usado pelos mercados para medir o sucesso de uma empresa.
A crescente preocupação com as mudanças climáticas, com a desigualdade, diversidade e inclusão social, têm sido os principais motores da alteração deste paradigma.
A geração de valor de longo prazo para os acionistas implica que a empresa seja capaz de criar valor para os restantes stakeholders e ser valorizada por eles - clientes, colaboradores, fornecedores e comunidade esperam um propósito corporativo claro, com preocupações sustentáveis, transparentes e ambiciosas.
A promoção de um capitalismo mais consciente, suportado por organizações com um propósito forte, tem transformado as estratégias corporativas de forma global, desde as mais capitalistas das organizações, como é o caso da BlackRock, uma empresa de gestão de ativos e investimentos que, em 2018, na sua carta anual dirigida aos CEO, aplicou pela primeira vez o conceito de propósito nos negócios.
O que esperar então num futuro próximo? Sem dúvida, um maior escrutínio pela parte dos consumidores e investidores. Também uma maior transparência por parte das empresas no impacto da sua atividade na sociedade e ainda meios de comunicação social com influência na divulgação de comportamentos não éticos.
Estudos recentes têm revelado que as empresas a abordar ativamente as questões sociais e ambientais retêm melhor os clientes e colaboradores, sendo esperado um retorno mais elevado no longo prazo.
No fim de contas, o pressuposto de lucro continua a ser o motor de crescimento e desenvolvimento das empresas. O que muda é o significado deste conceito, que deixa de ser imediato e pouco sustentável e passa a ser alicerçado em valores como a transparência, a gestão ética e as boas práticas de sustentabilidade.