"Bazuca europeia". A importância dos incentivos na retoma da economia
Os fundos ainda não começaram a chegar aos Estados-membros mas, desde já, é possível sublinhar a importância que vão ter na retoma das economias. Não há memória de uma dimensão financeira deste tamanho.
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A pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2, além de representar uma emergência de saúde pública, desencadeou uma retração generalizada da atividade económica, originando impactos sem precedentes e severas consequências de ordem económica e social à escala mundial.
Neste contexto, os fundos comunitários, alavancados por medidas extraordinárias de suporte, criadas pela Comissão Europeia, terão um papel chave na mitigação dos graves impactos da pandemia nas economias europeias.
Estes instrumentos de financiamento farão fluir meios, numa dimensão financeira de que não há memória, para a modernização e o desenvolvimento económico e social do nosso país, com o concurso em simultâneo dos fundos ainda por executar do Portugal 2020, dos fundos do Next Generation EU e dos fundos de coesão e da agricultura do novo Quadro Financeiro Plurianual 2021-27, instrumentos de política da Estratégia 2030.
Esta oportunidade para o país é, ao mesmo tempo, uma enorme responsabilidade, pois todos os seus atores (desde o governo, aos organismos gestores e aos beneficiários dos incentivos) deverão assegurar a capacidade de executar os seus projetos em pleno, de forma a assegurar os respetivos apoios e acelerar o processo de recuperação económica e social.
É, por isso, de suma importância, que as empresas possam já identificar as oportunidades, em conjunto com o seu consultor especializado, de forma a estruturarem no curto prazo os seus planos estratégicos e de investimento alinhados com a capitalização, modernização e transição ecológica e digital.