Os candidatos à liderança da Federação Portuguesa de Rugby falam na necessidade de reformas urgentes na gestão da modalidade em Portugal. As conquistas do passado servem de referência para projetar o futuro deste desporto em Portugal.
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A Federação Portuguesa de Rugby (FPR) vai a votos esta quinta-feira. Os dois candidatos à liderança do organismo que tutela a modalidade em Portugal pedem união para fazer esquecer os incidentes que mancharam o bom nome da modalidade nos últimos meses.
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O presidente da comissão de gestão que assumiu a liderança da Federação depois da saída do antigo presidente Luís Cassiano Neves, diz na TSF que a preocupação maior dos últimos meses tinha que ver com a "pacificação do rugby português". Pedro Ribeiro fala um ambiente "crispado" entre os intervenientes.
Os dois cabeças de lista às eleições da federação já cumpriram no passado funções naquele órgão. Carlos Amado Silva foi presidente durante quatro anos e Lourenço Thomaz já foi vice-presidente da federação. Ambos concordam com a necessidade de resolver os problemas financeiros da FPR, mas também apostar na descentralização da modalidade para garantir crescimento do número de praticantes.
Carlos Amado Silva recorda alguns dos feitos do rugby português para explicar que é necessário dar um novo salto de qualidade, sempre com as seleções principais como bandeira. "Estivemos na segunda divisão do rugby europeu, para onde estamos e temos de tentar regressar. Subimos ao circuito mundial [sevens]. No rugby juvenil conseguimos algo histórico como vencer a Escócia", lembra.
Lourenço Thomaz insiste na necessidade de "refundar" o rugby português, trabalhando a vários níveis para fazer crescer a modalidade. "Em Portugal há seis mil jogadores inscritos. Diria que, daqui a dois anos, temos de chegar aos 12 mil. Para isso é necessário um trabalho concertado, da federação com as associações regionais e com os clubes. Maior crescimento sobretudo fora de Lisboa, e é ai que a federação tem de apoiar mais", sugere.