No acesso a fundos comunitários, há um conjunto de boas práticas que as empresas devem seguir antes iniciar uma candidatura. Autonomia financeira e um devido planeamento são duas delas.
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As janelas de oportunidade que estarão disponíveis em breve para os empresários e empreendedores no âmbito do PT2030 e do PRR devem ser aproveitadas da melhor forma, sendo uma correta preparação, orientação estratégica e coordenação indispensáveis para o sucesso das candidaturas.
Ainda que não se conheçam todos os critérios de acesso antes da abertura das candidaturas, existem regras básicas e transversais a todos os programas que devem ser tidas em linha de conta com a devida antecedência.
Elaborar e atualizar com regularidade o seu plano de negócios e plano de investimentos é uma estratégia de antecipação fundamental no acesso aos apoios, pois os curtos prazos de candidatura não permitem que o faça de forma consistente e eficiente. A palavra de ordem é "planear".
Depois, uma definição razoável de objetivos. Atualmente, o acesso a fundos está intrinsecamente ligado com a definição e alcance de objetivos de crescimento, de exportação, de contratação, entre outros. Adaptar a estratégia em função dos avisos existentes pode implicar uma menor efetividade do projeto.
Há também a certificação PME. Obtê-la ou renová-la com regularidade é o principal critério de acesso aos apoios do Estado. Esta certificação é solicitada junto do IAPMEI.
Além disso, é fundamental ter a situação contributiva e tributária regularizada. Se tiver dívidas à Segurança Social ou às Finanças, não poderá aceder a qualquer tipo de apoio, pelo que deve precaver o cumprimento destas responsabilidades.
Ao nível da autonomia financeira, os apoios pressupõem sempre uma taxa de esforço dos beneficiários (entre 15% e 20%), pelo que a sua empresa deve manter uma boa saúde financeira e dispor de capitais próprios para financiar a sua parte do projeto.
Por fim, delegar a 100% a preparação de uma candidatura pode ser uma opção com riscos demasiado elevados. No final do dia, é a Empresa quem apresenta a sua candidatura, sendo obviamente o consultor um apoio fundamental e facilitador da interpretação e enquadramento da estratégia da empresa no âmbito dos programas de apoio aos investimentos.