Apesar do número de mulheres em cargos de topo estar a aumentar ainda há um longo caminho a percorrer para que homens e mulheres tenham as mesmas oportunidades de ocupar cargos iguais com salários iguais.
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Apenas um quarto dos membros de conselhos de administração das maiores empresas cotadas na Europa são mulheres. Quanto mais elevado é o cargo, menos mulheres estão presentes. Os setores que pagam melhor, como por exemplo o ramo da construção ou das tecnologias da informação, também continuam a ter uma forte presença masculina.
De acordo com as conclusões de um estudo da McKinsey & Company sobre a representação feminina em posições de liderança nas empresas, Portugal supera Espanha e Itália no equilíbrio de género nas companhias, mas está bastante distante do norte da Europa e EUA. Os conselhos de administração de empresas em Portugal têm 22% de mulheres em comparação com 27% a nível europeu.
Para evitar a disparidade de género, a União Europeia financia projetos que apoiem mulheres que já trabalhem ou que pretendam entrar em setores predominantemente masculinos, como a pesca, os transportes, as atividades empresariais, a segurança e a política.
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Bruxelas quer também tornar os processos de seleção mais transparentes, com políticas de igualdade e modalidades de trabalho flexível, para que as mulheres consigam ultrapassar os obstáculos que as têm impedido de progredir nas carreiras.
A legislação europeia já prevê proteção de discriminação e do assédio no local de trabalho e exige que algumas grandes empresas apresentem relatórios sobre as políticas de diversidade.
No futuro, Bruxelas quer ir mais longe e exigir que algumas empresas tenham pelo menos 40% de cada sexo nos conselhos de administração e aumentem os atuais direitos a licenças e regimes de trabalho flexível.
"Sabia que? Tudo o que precisa de saber sobre a União Europeia" faz parte do projeto da TSF A Hora da Europa, com o apoio do Parlamento Europeu.