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Na gestão hoteleira é essencial conhecer o setor, a região e o país, mas os atributos e as competências de um bom gestor vão muito além desse conhecimento.
Para um gestor hoteleiro, é essencial conhecer o setor, a região, o país, o hotel, a equipa que lidera, os seus pontos mais fortes e áreas de potencial desenvolvimento.
Por outro lado, exige-se que conheça o que o cliente-alvo identifica como pontos de valorização na oferta hoteleira, os chamados fatores de diferenciação e pelos quais o cliente está disponível para pagar um preço premium. A este respeito, a sensibilidade por temas de sustentabilidade e de diversidade e inclusão, tornaram-se, mais do que uma tendência, uma exigência e condição essencial.
Adicionalmente, é essencial o conhecimento técnico em ferramentas e sistemas de gestão hoteleira, fundamentais para assegurar uma gestão profissional e eficiente da operação hoteleira e/ou turística.
Como competências fundamentais, destacam-se as competências de liderança e de gestão de pessoas; as competências técnicas e de gestão de operações; as competências administrativas; e as competências criativas e de gestão da inovação.
No entanto, o desafio da atração de talento, transversal a todos os setores de atividade, não é aqui exceção. O nível de atração dos gestores para os setores da hotelaria e turismo é baixo, o que pode por um lado ser explicado pela estrutura ainda muito estanque, hierárquica e pouco dinâmica e flexível da generalidade das organizações. Por outro lado, as funções disponíveis numa fase inicial de carreira pautam-se por uma vertente normalmente operacional, pouco voltada para a inovação e para funções criativas e desafiantes.
Para motivar os novos talentos, há que investir em planos de carreira, claros e estruturados, atrativos em termos de remuneração, que permitam uma exposição mais diversificada a diferentes áreas da gestão e uma experiência mais enriquecedora e em que a capacidade de desafiar o status quo e de propor inovação está mais desperta.