CIM da Região de Coimbra e AIRO - Associação Empresarial da Região Oeste também vão apostar na capacitação interna e da comunidade para estimular boas práticas de circularidade.
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Para apostar na economia circular, é preciso que quem toma as decisões saiba olhar para o futuro e perceba o impacto que cada medida tem. A pensar nisto, a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), no âmbito do Pacto Institucional para a Valorização da Economia Circular na Região Centro, dinamizado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, quer formar líderes locais para que consigam tomar decisões cada vez mais sustentáveis.
Uma das iniciativas na área de capacitação para a economia circular que a entidade está a dinamizar passa pela oferta de um curso aberto a "todos os líderes, não só políticos, mas também dirigentes municipais, que têm um papel fundamental na tomada de decisão", conta Sónia Santos, da CIMT. O objetivo é criar "uma ligação de todos os colaboradores da administração pública local ao autarca, para que sejam tomadas as melhores decisões" numa perspetiva sustentável e "por um melhor futuro".
A responsável explica que a formação de líderes é cada vez mais importante "porque são eles que tomam decisões", logo, "têm de ser conhecedores da matéria". Através dessa formação, os decisores podem conhecer boas práticas de economia circular em várias áreas (como, por exemplo, na recolha de resíduos sólidos) para perceberem como podem levar esses valores até aos seus municípios.
Além da CIMT, também a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra tem vindo a apostar na capacitação para a economia circular. A proposta passa pela aposta em iniciativas que consigam minimizar ou remover constrangimentos regulamentares e administrativos à adoção de práticas circulares e à sua disseminação. Desta forma, a entidade pretende demonstrar a importância de adequar os quadros regulamentares às práticas circulares.
Já a AIRO - Associação Empresarial da Região Oeste propõe várias ações que assentam, por um lado, na sua atividade operativa, capacitando a própria organização; por outro, na sua rede de associados, promovendo medidas de estímulo para boas práticas de circularidade. Entre as propostas está a redução da pegada ecológica, privilegiando ações online, ou a reciclagem integral dos desperdícios e o seu direcionamento para empresas que criem novos produtos ou materiais.
Paralelamente, a associação quer também continuar a dinamização de concursos de ideias e negócios assentes na criação de novos produtos com os princípios inerentes da economia circular. No âmbito do Pacto Institucional para a Valorização da Economia Circular na Região Centro, a AIRO compromete-se ainda a desenvolver uma incubadora na área alimentar com o estímulo para o aproveitamento dos produtos alimentares desperdiçados na região.