"Conversas à Mesa" - Alimentação Associada ao Risco Cardiovascular
"Gorduras e sal estão disfarçados em muitos alimentos" - Gabriela Plácido, farmacêutica.
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Os fritos e os alimentos processados nunca são boas opções e quando se trata de evitar riscos cardiovasculares, então são mesmo proibidos. A recomendação faz parte dos cuidados e da pedagogia de qualquer profissional de saúde que acompanha doentes do coração.
Desaconselhar alimentos fritos e industrializados, ou pelo menos comercialmente preparados tem uma razão: não contribuem para a alimentação saudável e equilibrada que está na base de uma vida sã. Mas não são os únicos. "Infelizmente, a alimentação atual é muito desequilibrada. Consomem-se muitas gorduras, açúcar e sal", lamenta Gabriela Plácido alertando para a importância da alimentação saudável e consciente, por ser uma das melhores maneiras de prevenir doenças cardiovasculares, mundialmente consideradas, as mais mortais.
A obesidade é um dos fatores que as potencia, assim como a hipertensão arterial provocada pelo excesso de consumo de sal que progressivamente tem vindo a aumentar. Portugal é das nações que mais abusa no tempero onde o cloreto de sódio, vulgarmente conhecido por sal, está muito presente. O problema não reside na substância, mas nas quantidades e regularidade em que é ingerido. Muitas vezes nem se tem essa perceção, tal e qual como acontece com os lípidos, nutrientes essenciais no organismo, mas que não podem ser consumidos exageradamente. "As gorduras e o sal estão disfarçados em muitos alimentos, sobretudo nos processados", explica Gabriela Plácido. "A Organização Mundial da Saúde diz-nos que a maioria das pessoas consome, em média, 9 a 12 gramas de sal por dia. Esta quantidade representa o dobro do que é o máximo recomendado que, numa pessoa sem doença, é de menos de cinco gramas diários". Citando um estudo realizado em 2019, a farmacêutica confirma que o consumo médio de sal em Portugal é de 10 gramas por pessoa, "um valor elevado face ao desejável".
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Perante este cenário e no âmbito da saúde cardiovascular, Gabriela Plácido alerta para a necessidade de mudar a consciência dos portugueses. Cada um deverá assumir a responsabilidade cívica de escolher quais são os alimentos corretos que deve levar à mesa. "Quando temos mais risco de vir a desenvolver doenças ou quando já sofremos alguma patologia, somos os principais responsáveis, com a ajuda dos profissionais de saúde, por prevenir e controlar as doenças cardiovasculares".
A alimentação saudável deve ser uma preocupação de todos e maior ainda nestes casos. Como conselho esta especialista alerta para se evitar o consumo de gorduras e fritos e recorrer às ervas aromáticas para substituir e reduzir o consumo de sal optando preferencialmente pelas carnes brancas.
"Pela Sua Saúde Cardiovascular" é uma iniciativa TSF com o apoio da Servier Portugal".