Discursos incisivos e canetas nas ruas. Foi assim a campanha do PSD, ao som da bateria
Foram duas semanas na estrada para convencer os portugueses. Rangel recusou "atirar a toalha ao chão", mesmo que as sondagens não lhe tenham sido favoráveis. Capitalizou nos discursos e esforçou-se nas ruas. Teve o apoio das figuras do partido, falou da Europa e atacou, sobretudo, o primeiro-ministro.
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A campanha do PSD tem sido muito marcada por ataques, e António Costa foi o alvo de Paulo Rangel em todos os discursos.
Verdade seja dita que, apesar dos ataques, há uma preocupação do cabeça de lista social-democrata em colocar a Europa e os temas europeus na agenda.
A caravana tem vindo a ganhar força: quem viu a arruada de Viseu e depois a de ponte de Lima, ou mesmo a de Lisboa, percebe que não há comparação.
Para isto muito contribui o facto de Paulo Rangel conseguir criar empatia com as pessoas, mas é apenas e só isso. Votos de indecisos, talvez não os leve da rua.
Se Rangel é incisivo nos discursos e até galvanizador, no contacto nas ruas é mais do mesmo: um postal, uma caneta, e segue em frente. Há quem até chame a esta campanha do PSD a campanha da caneta.
De resto, o partido tem conseguido forte mobilização, seja no apelo ao voto, seja na presença em ações de campanha, com o reforço de pesos pesados e antigos líderes. Passos Coelho, Luís Montenegro ou Manuela Ferreira Leite vieram dar um empurrão.
Rui Rio tem também marcado presença, mas não tanta como se chegou a pensar. Apesar de intermitente na presença, o presidente do partido tornou-se uma das figuras nesta campanha, pelas críticas às sondagens, ou pela performance artística.
Num arraial minhoto na quinta da Malafaia, Rio saltou para a bateria e acompanhou a banda a tocar o tema 'Conquistador', dos Da Vinci.
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Se conquistou ou não, falta pouco para saber.