A capacidade de lidar com a incerteza, assim como a capacidade de adaptação às crescentes transformações, são essenciais para o futuro, sendo vários os desafios que o setor educativo tem pela frente.
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Nos dois últimos anos, vários têm sido os desafios do setor educativo, desde logo o agravamento das desigualdades sociais, mas também a revolução digital, a crise financeira ou as alterações climáticas.
A capacidade de lidar com a incerteza, assim como a capacidade de adaptação às crescentes transformações, são essenciais para o futuro.
Neste sentido, as competências relativas à criação e ao raciocínio são as mais procuradas como fator crítico de sucesso. No entanto, as práticas existentes em sala de aula são predominantemente identificadas como sendo "conhecer/reproduzir" e "aplicar/interpretar".
Um outro desafio identificado refere-se à crescente desmotivação dos alunos relativamente à escola, principalmente com idades compreendidas entre os 11 e 15 anos. A metodologia das aulas é o fator principal da desmotivação, mas existem outros, nomeadamente: a elevada quantidade de matéria lecionada, matéria aborrecida, matéria difícil e avaliação stressante.
Em Portugal, mais de três quartos da população ativa residente em Portugal completou, pelo menos, o ensino secundário em 2019, o que representa um aumento de 20%, relativamente a 2010.
No contexto da UE28, Portugal ficou entre os países com percentagens mais baixas de população menos qualificada, que demora três ou mais anos para encontrar o primeiro emprego. Foi também um dos países da UE28 que registou rendimentos líquidos mais baixos e um dos que evidenciou diferenças salariais mais acentuadas em função da qualificação escolar da população.
O ensino é um dos principais pilares de todo o desenvolvimento económico, e devem ser não só a base da nossa educação como crianças, como também a nossa ferramenta de evolução, especialização e qualificação ao longo de toda a vida profissional.