O recurso à medicação é essencial para reduzir os riscos associados ao descontrolo dos níveis de colesterol. As razões para o descontrolo não provêm apenas dos hábitos de vida e que exige o uso de medicamentos.
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Não basta controlar a alimentação. A dieta, a quantidade de medicamentos ingeridos, contribui em apenas um terço para a quantidade de colesterol que temos em circulação, explica o especialista em doenças cardiovasculares, professor Jorge Polónia. Grande parte do colesterol resulta de um defeito genético da sua distribuição.
"Sobre o excesso de colesterol, sobretudo do colesterol mau, o LDL, - embora hoje se saiba que há outros aspetos do colesterol que também podem causar dano -, mas o nosso alvo é sobretudo conseguido com medicação", explica Jorge Polónia sobre a necessidade do uso de medicamentos.
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O uso de medicamentos que baixam o colesterol são determinantes para reduzir a taxa de enfarte do miocárdio ou a morte por enfarte do miocárdio. "É bom dizer que estes medicamentos não melhoram apenas o colesterol, mas têm também um efeito redutor dos eventos cardiovasculares", lembra o especialista.
A medicação não é, no entanto, apenas algo transitório. Deve acompanhar o doente ao longo da vida.
"Está demonstrado que se um doente suspender o medicamento que esteve a fazer durante algum tempo, o risco que advém é superior ao dos doentes que nunca fizeram tratamento para o colesterol", explica o professor Jorge Polónia.
"Grande parte destas doenças são doenças para a vida toda. E por isso os medicamentos são também para a vida toda. É isso que nos garante a redução do risco de eventos cardiovasculares, mas também a qualidade da vida" quotidiana dos doentes.
Não há outra forma de controlar o colesterol em excesso. A medicação é, explica o professor Jorge Polónia, parte essencial e obrigatória do tratamento.