Chegou a dizer que o "Parlamento Europeu não tem utilidade. É um faz-de-conta", mas volta a candidatar-se ao lugar de eurodeputado, agora pelo PDR.
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António Marinho e Pinto, 68 anos, conhecido pelo seu discurso controverso, é o cabeça de lista do Partido Democrático Republicano (PDR) às Eleições Europeias.
Foi a surpresa eleitoral nas Europeias de 2014 quando garantiu a eleição de dois mandatos para o Parlamento Europeu pelo Movimento Partido da Terra (MPT). Agora, Marinho e Pinto, que chegou a dizer que o "Parlamento Europeu não tem utilidade. É um faz-de-conta" volta a candidatar-se ao lugar de eurodeputado mas desta vez pelo PDR, que fundou em outubro de 2014, depois de ter abandonado o MPT logo a seguir às eleições.
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O programa eleitoral que António Marinho e Pinto leva às Europeias de 26 de maio não diverge muito daquele que apresentou nas últimas eleições. O antigo bastonário da Ordem dos Advogados propõe-se "refundar a União Europeia". Recusa-se a fixar metas eleitorais e garante que "o objetivo é apresentar ideias e trazer ideais novas" para se aproximar "os povos das instituições democráticas europeias".
Naquele que foi o primeiro teste político do PDR, nas Legislativas de 2015, Marinho e Pinto concorreu pelo círculo eleitoral de Coimbra e não conseguiu eleger nenhum deputado. Recebeu pouco mais de 60 mil votos, um resultado que não chega para garantir a reeleição como eurodeputado e que fica muito longe dos 235 mil votos conseguidos nas Europeias de 2014.
No Parlamento Europeu Marinho e Pinto é vice-presidente da Delegação para as relações com a República Federativa do Brasil. É membro da Comissão das Pescas e da Comissão dos Assuntos Jurídicos. É ainda membro suplente da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais, da Delegação para as relações com o Mercosul e da Delegação à Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana.