"Nunca, nunca mais subservientes". A mensagem de Costa no arranque da campanha

Estela Silva/Lusa
Pedro Marques, cabeça de lista do PS, não teve agenda durante a noite, mas, no momento do arranque oficial da campanha eleitoral, António Costa publicou uma mensagem dedicada às europeias.
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Na mensagem que deixa no arranque oficial da campanha eleitoral, António Costa insiste numa das ideias que os socialistas têm repetido durante a pré-campanha e que querem levar por diante até ao dia 26 de maio: mais votos no PS significa mais força para Portugal e para defender a Europa. Mas, no texto
publicado
na página do socialistas dedicada às eleições para o Parlamento Europeu, o secretário-geral do PS pretende, sobretudo, afirmar uma posição dos socialistas no contexto europeu.
Ao longo do texto, em que afirma que durante os quatro anos de governação - e enquanto líder do Governo - cumpriu o "compromisso de romper com um ciclo de triste subserviência para afirmar Portugal na União Europeia", o primeiro-ministro e secretário-geral do PS refere que Portugal tem sido "um parceiro leal, mas ativo" no quadro europeu.
Segundo António Costa, um dos marcos da legislatura prende-se com o facto de Portugal ser um país que "se assume igual entre iguais" e que se tem mostrado empenhado em matérias como as migrações ou a reforma da zona euro. Em resumo, um país que, diz, tem estado na "primeira linha nos grandes debates europeus".
Na mesma mensagem, o líder do PS recupera ainda a declaração que apresentou em 2014, quando se candidatou ao lugar de secretário-geral do partido, onde afirmava que os socialistas são "europeístas", mas não "euro ingénuos", e onde defendia a necessidade de "corrigir as deficiências que a crise evidenciou na união monetária" e de "compensar os efeitos assimétricos que o euro tem nas diferentes economias".
Outra das ideias defendidas pelo agora secretário-geral do PS e líder do Governo era a da necessidade de "recuperar os danos sociais e económicos provocados pelo programa de ajustamento". Na prática, uma declaração em que o socialista identificava um conjunto de problemas e para os quais o então candidato a líder do PS pedia uma atitude "construtiva, determinada e patriótica". E não subserviente.
"É necessário que haja clareza sobre o que queremos e compromisso sobre a atitude construtiva, determinada e patriótica com que defenderemos o interesse nacional, como parceiros leais, iguais entre iguais e nunca, nunca mais, subservientes", pode ler-se na declaração de 6 de junho de 2014.
Apesar da garantia de não-subserviência face à União Europeia, na mensagem que publica a propósito do arranque oficial da campanha, António Costa admite, no entanto, as dificuldades de se impor e de conseguir bons resultados nas negociações com os restantes Estados-membros, afirmando que "é difícil prometer resultados sem o risco de desiludir".
Nesta mensagem, o primeiro-ministro e secretário-geral do PS elogia ainda lista de candidatos dos socialistas ao Parlamento Europeu, classificando-a como "excelente, renovada, paritária, rejuvenescida e representativa de todas as regiões".