O governo português apresentou este ano um "Livro Verde sobre o futuro do trabalho" com o objetivo de criar linhas de orientação na preparação do país para os desafios do futuro do trabalho. Esta reflexão é importante porque o futuro do trabalho pode, em certa medida, ser planeado e antecipado.
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A revolução digital, a inteligência artificial e a automação, estão a transformar profundamente as relações laborais, os modelos de organização do trabalho, as necessidades formativas e de recrutamento das empresas, entre outros, e, consequentemente, estão a influenciar o futuro do trabalho.
Neste contexto, o governo português apresentou este ano um "Livro Verde sobre o futuro do trabalho" com o objetivo de criar linhas de orientação na preparação do país para os desafios do futuro do trabalho; transformar as incertezas em oportunidades; responder aos desafios que a revolução digital coloca no contexto laboral; e, sobretudo, garantir e promover o trabalho digno.
Este documento é um marco importante porque traça as linhas orientadoras para uma eventual revisão das políticas de emprego e do Código do Trabalho.
Importa salientar que passaram apenas cerca de 5 anos desde que foi publicado o Livro Verde sobre as relações laborais, em 2016. Neste período claramente assistimos à introdução de novas reflexões, linhas de orientação e preocupações muito suscitadas pelo contexto tecnológico que tem transformado o mercado de trabalho e alterado comportamentos na sociedade em geral.
Nesta nova versão do "Livro Verde sobre o futuro do trabalho", e para os novos desafios, muitos deles acentuados e exponenciados no contexto da pandemia, encontramos inúmeras reflexões sobre: trabalho remoto e o teletrabalho; as plataformas digitais e a inteligência artificial; privacidade e proteção de dados; a conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal; o direito a desligar; a inclusão e diversidade; entre muitos outros.
Acreditamos na otimização de processos, onde as tarefas simplistas são realizadas por ferramentas tecnológicas e as pessoas têm mais tempo para pensar, planear, liderar, socializar e serem mais felizes e produtivas. Esta reflexão é importante porque o futuro do trabalho pode, em certa medida, ser planeado e antecipado.