Os negócios e empresas vão ser cada vez mais escrutinados ao nível da sustentabilidade, seja no acesso a crédito, seja a fundos comunitários. Alinhar objetivos estratégicos com os objetivos de sustentabilidade é fundamental.
Corpo do artigo
A gestão de uma empresa requer preocupações a diversos níveis e, numa era em que se fala tanto em sustentabilidade, este é mais um fator a ser acautelado pelo Gestor, pelo que o conhecimento sobre a matéria é de extrema importância.
Os indicadores ambientais são parte integrante do Sistema de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável. Este instrumento permite avaliar a evolução dos níveis de sustentabilidade do país e é composto por fatores económicos, sociais, ambientais e institucionais.
Alguns dos indicadores ambientais a ter em conta são a emissão de gases com efeito de estufa, o aquecimento global, a formação de ozono troposférico, a produção de energia eólica e solar fotovoltaica ou ainda a produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis.
Atendendo à importância da temática, será importante analisar qual o impacto do cumprimento destes objetivos ao nível das empresas.
A Diretiva de Responsabilidade Ambiental responsabiliza todas as empresas que danificam o ambiente ou estão em vias de o danificar.
Mas também a nível económico e financeiro haverá consequências diretas para os negócios, a começar pelas exigências da Banca na obtenção de créditos, que podem traduzir-se em limitações no acesso a créditos para empresas que não tenham pelo menos uma estratégia de sustentabilidade em marcha; o financiamento de projetos que poupem energia e apostem em energias renováveis, como os projetos eólicos e hídricos; ou também a disponibilização de ferramentas de identificação dos riscos ambientais da empresa.
O setor bancário irá cada vez mais escrutinar o risco ambiental das empresas ou investimentos na hora de avaliar o seu pedido de crédito. Assim como os incentivos comunitários, nomeadamente o PRR e o Portugal 2030, irão exigir projetos com uma base sustentável para libertar os fundos disponíveis.
Se ainda não o fez, está na altura de alinhar os seus objetivos estratégicos com os objetivos de sustentabilidade.