"O lado direito da moderação" fez 8 mil km de estrada. Conseguirá ultrapassar BE e CDU?
Descrito por Paulo Portas como "um homem de direita, ponto parágrafo", Nuno Melo insiste desde o início desta campanha que o CDS é "o lado direito da moderação".
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Com ataques muito diretos, por um lado ao Governo de António Costa e a Pedro Marques, por outro ao que diz ser "a esquerda radical e extremista" do Bloco e do PCP, o candidato centrista não ignora, ainda assim, o PSD de Rui Rio e Paulo Rangel, a quem acusa de darem o braço a Costa de cada vez que o PS precisa.
Dando particular destaque ao que apelida de "delinquência bancária" e ao que classifica de mau aproveitamento dos fundos comunitários, Nuno Melo garante que só o CDS é alternativa ao Governo e tem como objetivo nas eleições do próximo domingo superar os votos do Bloco e do PCP.
Uma meta difícil de conquistar e que significaria a eleição de Pedro Mota Soares, o número dois da lista.
E não será por falta de esforço. Em pouco mais de duas semanas, o conta-quilómetros centrista ultrapassa, esta sexta-feira, os oito mil.
Sem rejeitar o desafio de António Costa de fazer desta eleição a primeira volta das legislativas, o discurso ambicioso de Nuno Melo e Assunção Cristas contrasta com os dados das sondagens - com o CDS ora mais otimista, ora sublinhando que só valoriza a ida às urnas, marcada para o próximo domingo.