Nuno Melo não chegou a desafiar Assunção Cristas na corrida à liderança, mas não fecha a porta a, um dia, poder vir a ser presidente do partido. Admite que esta seja a última vez que se candidata a Bruxelas, mas rejeita dedicar-se tão cedo em exclusivo à agricultura ou aos automóveis. Ser candidato à Câmara do Porto? Quem sabe...
Corpo do artigo
Era o mais desejado pelos chamados "portistas" para suceder a Paulo Portas na liderança centrista, mas optou por não desafiar a então candidata, Assunção Cristas.
TSF\audio\2019\05\noticias\22\raquel_de_melo_perfil_nuno_melo
Militante do CDS desde 1994, João Nuno Lacerda Teixeira de Melo é vice-presidente do partido e eurodeputado desde 2009. Nascido em Joane, no concelho de Famalicão, há 53 anos, é licenciado em Direito pela Universidade Portucalense e gaba-se de "nunca ter pertencido a juventudes partidárias". Cabeça de lista do partido pelo círculo de Braga, foi deputado à Assembleia da República em três legislaturas (1999, 2002 e 2005) e só deixou o Parlamento para rumar a Bruxelas, há dez anos, depois de se ter destacado na Comissão de Inquérito ao caso BPN.
Primo-sobrinho do histórico do PSD Eurico de Melo, e descendente dos Teixeira Coelho de Melo, antigos senhores do Morgado da Falperra, Nuno gosta de se dedicar à agricultura e ao restauro dos carros antigos que compra. Mas não confessa quantos tem.
Assumido "europeísta convicto", mas "não federalista", acredita que esta possa ser a última vez que se candidata à Europa. Nuno Melo marcou com estrondo a pré-campanha, com a apreciação que fez do partido VOX , em Espanha.
Polémico e assertivo, foi elogiado por Paulo Portas pela "generosidade" em abrir caminho à liderança de Cristas, ainda que mantenha tudo em aberto na carreira política.
No capítulo autárquico, é atualmente presidente da Assembleia Municipal de Famalicão, mas já disse, porém, que gostava muito de um dia ser presidente de Câmara do Porto, onde vive. Já sobre lançar-se para a corrida à liderança centrista, fala num "futuro" que "a Deus pertence".