O entusiasmo pelos objetivos é inegável e torna-se agora cada vez mais claro que as questões abordadas pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas terão um impacto global em todos os negócios e na sociedade.
Corpo do artigo
A Agenda 2030 é a nova agenda de desenvolvimento global para os próximos 8 anos em que 193 nações do mundo se comprometeram, unanimemente, a apoiar e tentar alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas até 2030.
O entusiasmo pelos objetivos é inegável. Torna-se agora cada vez mais claro que as questões abordadas pelos 17 ODS terão um impacto global em todos os negócios e na sociedade.
Senão vejamos alguns factos relevantes: uma em cada 5 pessoas não tem acesso a eletricidade; em 2030, é expectável que a procura mundial de energia cresça entre 20 e 35%; a ineficiência energética, quer na produção quer na utilização, provoca 2/3 de todas as emissões de CO2 e existe, por isso, uma necessidade premente de investir em tecnologias eficientes de baixo carbono.
Além disso, 70% do consumo de água é utilizado para efeitos agrícolas, 20% para indústria e 10% é utilizado para uso doméstico; 1/3 dos alimentos é desperdiçado, enquanto que 820 milhões de pessoas morrem de fome; o preço da desigualdade social é de 3 biliões - não existe possibilidade de nos tornarmos green, sem nos tornarmos solidários.
Estes objetivos vêm colmatar estas e tantas outras desigualdades e problemas a nível mundial.
No que diz respeito à realidade empresarial, os ODS devem ser adotados na medida em que a empresa consiga melhorar o seu impacto no ambiente e na comunidade, alinhando a sua estratégia com uma estratégia focada no ESG - Environmental, Social, Governance.
E se até agora o relato não-financeiro era, para a maioria das empresas, voluntário, este passou a ser obrigatório para determinadas grandes empresas, com tendência para que esta obrigatoriedade passe a abranger a generalidade das organizações.