"Perguntar à Dra. da Farmácia": Relação entre farmacêutico e doentes
"Confiam em nós quando sentem o nosso genuíno interesse" - Gabriela Plácido, farmacêutica.
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Em quase todas as patologias, o profissional de farmácia desempenha um papel relevante e muitas vezes decisivo para a saúde dos pacientes. A relação de confiança entre ambos é crucial para melhor controlar o risco cardiovascular.
O farmacêutico é parte importante de uma equipa multidisciplinar que faz a gestão e o controlo das doenças cardiovasculares. É um profissional de saúde que ajuda os doentes a encontrarem repostas para muitas dúvidas e receios relacionados com a situação de doença. Entre conselhos e esclarecimentos, "o doutor da farmácia" explica, por exemplo, como devem os doentes ajustar a medicação, quais as reações adversas mais comuns que podem enfrentar e aconselham a melhor maneira de tomar vários medicamentos em simultâneo. "O nosso papel passa muito por ajudar o doente a compreender o que é a sua doença. Muitas vezes é difícil tomar decisões e fazer mudanças comportamentais porque não se tem verdadeira consciência do que é a doença. É também importante conhecer os efeitos dos medicamentos, a razão pela qual está a fazer determinada terapêutica e o quais são os benefícios", esclarece Gabriela Plácido.
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A especialista sublinha que muitas das mensagens que passa na farmácia são, quase sempre, passadas numa primeira instância pelo médico durante a consulta. No entanto, em muitos casos, são transmitidas "em termos demasiado técnicos para a compreensão e nível de literacia em saúde do doente e de forma muito rápida, devido ao tempo limitado das consultas". O farmacêutico além de esclarecer acrescenta outros aspetos importantes que nem sempre são transmitidos aos pacientes e que são fundamentais para controlar os fatores de risco. "Quando falamos em doença cardiovascular, associamos a doentes que têm hipertensão, diabetes ou dislipidemia. Na farmácia além de os ajudar a obter e medir os valores da pressão arterial ou da glicemia, acompanhamos os doentes ajudando-os a interpretar e a comparar com os melhores indicadores de saúde e também a perceber se vão no bom caminho".
Habitualmente também há esclarecimentos aos pacientes sobre as melhores alternativas para fazerem um estilo de vida equilibrado e mais adequado à situação do risco cardiovascular que possuem. A relação de confiança entre farmacêutico e doente é outra etapa para que o tratamento funcione porque, antes de mais, é crucial que seja entendido. Gabriela Plácido afirma que não é difícil estabelecer um relacionamento favorável porque os pacientes "normalmente são fiéis à sua farmácia quando sentem que lhes prestam um bom serviço, o que permite estabelecer uma relação de proximidade. A confiança advém também quando há o genuíno interesse do farmacêutico em ajudar o doente a tentar encontrar as melhores soluções para as dificuldades e limitações que envolvem a gestão da doença". Perceber o tratamento e tomar os medicamentos de forma correta é fundamental para controlar as doenças e minimizar o risco cardiovascular.
"Pela Sua Saúde Cardiovascular" é uma iniciativa TSF com o apoio da Servier Portugal".