As empresas vão precisar do "pensar" estratégico, de forma integrada, para que sejam enquadrados nos principais objetivos estratégicos das políticas europeias.
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Findo o quadro comunitário de apoio Portugal 2020, novas formas de operacionalização dos investimentos serão certamente incluídas neste novo "envelope" financeiro, que será integrado no já largamente difundido, Portugal 2030.
Os projetos poderão ter uma tendência para que passem a ser programados e operacionalizados de forma integrada, ou seja, sem a repartição dos investimentos por diversas tipologias de candidatura, que quase sempre tinham timings díspares, o que dificultava uma visão estratégica e integrada dos investimentos.
Assim, é expectável que as candidaturas das empresas possam e devam integrar investimentos de diversas naturezas.
Caso seja efetivamente esta a metodologia a vigorar no âmbito do Portugal 2030, fará com que os investimentos possam ser finalmente planeados de forma integrada, levando a que a respetiva execução possa ser também ela mais facilitada, bem como os processos administrativos da gestão das candidaturas, uma vez que os investimentos podem ser integrados numa só candidatura e não estarem "partidos" em diversos processos.
Contudo, outros desafios poderão advir desta metodologia de operacionalização. As empresas vão precisar do "pensar" estratégico, de forma integrada, para que sejam enquadrados nos principais objetivos estratégicos das políticas europeias, que, e de acordo com a agenda já aprovada, passarão muito pela valorização de estratégias verdes, tecnológicas e qualificantes.
Assim, as empresas terão que pensar desde já neste novo formato integrado e o seu plano de negócios deverá refletir estas mesmas premissas. O apoio de equipas especializadas e multidisciplinares terá certamente um papel ainda mais relevante neste contexto, pois o mesmo projeto poderá ter que integrar investimento por exemplo em inovação produtiva, investigação e internacionalização, ao mesmo tempo.