Campanha "foi longe demais". Pedro Marques acusa Rangel de "oportunismo"
Cabeça de lista do PS às Europeias criticou candidato do PSD por sobrevoar zonas afetadas pelos incêndios e afirmou, em Faro, que "uns metem a mão na massa, outros sobrevoam as dificuldades".
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Pedro Marques diz que a campanha "foi longe demais" e que, ao ter sobrevoado de helicóptero os territórios afetados pelos grandes incêndios de 2017, Paulo Rangel, cabeça de lista do PSD às eleições europeias, ganhou a "corrida do oportunismo".
Num comício em Faro, em que marcou presença o primeiro-ministro e secretário-geral socialista, António Costa, o cabeça de lista do PS nas eleições para o Parlamento Europeu lembrou que, em 2017, esteve no local enquanto ministro do Planeamento e Infraestruturas, e que levou "conforto e capacidade de ação" às populações. "Estivemos lá, agimos, compreendemos", disse Pedro Marques.
E, prosseguindo a crítica ao candidato do PSD, sublinhou: "Ele [Paulo Rangel] escolheu sobrevoar a dor das pessoas e do território. Desiludiu os que lá esperavam, mesmo com dois anos de atraso, uma palavra, um gesto, um momento para ouvir e compreender".
"Uns metem a mão na massa, outros sobrevoam as dificuldades, espreitando a possibilidade de arrebanhar uns votos fáceis", insistiu Pedro Marques, que, perante cerca de uma centena de militantes e simpatizantes socialistas, afirmou ainda, numa clara referência ao número um da lista social-democrata, que há "políticos superficiais que já não conhecem o país, apenas os corredores de Bruxelas".
Esta terça-feira, depois de sobrevoar zonas como a Lousã ou a Pampilhosa da Serra, Paulo Rangel apontou o dedo ao Governo pela "mudança radical da organização da Proteção Civil, feita em cima da hora, e que não está ainda no terreno", mas também pelo facto de o "caso do SIRESP estar por resolver".