Tal como o antecessor, é o preço, mais do que as características, que tornam o Redmi Note 8 uma máquina apetecível.
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Tem uma boa autonomia, um desempenho razoável, um ecrã luminoso, não é muito pesado, custa menos de 200 euros e faz o que lhe mandam. É perfeito para 90% dos utilizadores de um telemóvel.
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Mas não é um maquinão. Aliás, está mesmo no limiar daquilo que pode ser recomendado. Todos, ou quase todos, os telefones abaixo deste preço não merecem a compra. Não merecem as dores de cabeça que vão proporcionar aos seus donos.
Estão feitos os avisos.
De volta ao Redmi Note 8, convém sublinhar um primeiro dado positivo: o telefone vem com uma capa protetora transparente.
É bom que assim seja porque, como já referi, o telefone é frágil. É um equipamento barato, mas isso também tem os seus custos.
E os seus compromissos, como é o caso do ecrã. Aqui não há nada a dizer AMOLED. O que ele tem é um LCD IPS de 6,3", que justiça lhe seja feita, é bastante razoável. Não passa vergonhas perante ninguém.
Isto, a menos que se repare na qualidade de construção. É que tal como o antecessor, a tela do Redmi Note 8 não está colocada dentro do corpo do equipamento, mas sim sobre a moldura lateral. Dá-lhe um aspeto bem baratucho.
No interior tem um processador Qualcomm, 64GB de armazenamento, 4GB RAM, dois slots para dois cartões SIM e ainda mais uma ranhura para um cartão microSD.
Quanto ao sistema operativo, o que ele tem é o Android 9. Nada de radicalmente diferente face ao antecessor.
Assim, as grandes novidades estão na parte de trás do equipamento. É lá que está o leitor de impressões digitais, que é bem rapidinho e quatro (leu bem: 4) câmaras.
Nenhuma delas é excelente. Ele não vai competir com iPhones, ou com o Mate 30 Pro da Huawei, ou com o S10 da Samsung. No entanto, esses são equipamentos que podem custar mais do que o quíntuplo do que o Redmi Note 8 custa, por isso, ninguém pode ficar desapontado quanto a isso.
Sobre as câmaras em concreto, o que ele tem é uma ultra grande angular, depois vem o sensor principal, de 48MP e, seguindo a ordem, a terceira lente é a mais rara de todas.
É uma lente macro. Ou seja, deve ser usada para tirar fotografias a distâncias muito curtas. Poucos centímetros, mesmo. É um tipo de fotografia tão específico e que, salvo raríssimas exceções, vai ser usada muito poucas vezes.
Por fim, a última lente é usada como sensor de profundidade. É utilizada para desfocar o fundo de fotografias do tipo retrato fotografia.
Sublinhe-se que este não é o método é seguido pelos topo de gama, porque há formas melhores (mas mais caras) de medir estas distâncias.
Mas para concluir: o Redmi Note 8 é um telefone que não engana ninguém. Custa no máximo 200 euros e por esse preço não há milagres.
Preocupa-me a qualidade dos materiais... a durabilidade do telefone, mas pronto. É barato.
Quem puder gastar mais uns euros e comprar um telefone melhor, faz bem. Se não der para investir mais. Então avance, mas mantenha as expectativas a um nível razoável.