As "brilhantes" Perseidas iluminaram o céu: as imagens de uma das mais "interessantes" chuvas de meteoros

As Perseidas iluminaram, esta noite (de domingo para segunda-feira), o céu noturno. Esta é uma das maiores chuvas de meteoros do ano, com o fenómeno visível longe das grandes cidades, em locais escuros e sem poluição luminosa. Este ano, o pico das Perseidas acontece durante o dia (entre as 10h00 e as 22h00 desta segunda-feira, com "maior probabilidade" de ocorrer pelas 15h00). No entanto, durante a madrugada, foi possível ver muitos meteoros a cruzar o céu.

À TSF, Ricardo Reis, comunicador de ciência do Planetário do Porto, do Centro de Ciência Viva, explicou que as chuvas de meteoros acontecem quando a Terra atravessa "o rasto dos detritos deixados por cometas". No caso das Perseidas, trata-se do cometa 109P/Swift-Tuttle, descoberto em 1862. "Este é um cometa que tem um núcleo de 26 quilómetros de diâmetro. Por comparação, o meteorito que terá provocado a extinção dos dinossauros teria 12 quilómetros, ou seja, metade do tamanho. Portanto, este é o maior objeto que ciclicamente passa pela órbita da Terra. Deixa um detrito bastante grande e, quando a Terra atravessa estes detritos deixados pelos meteoros, eles queimam na nossa atmosfera e nós vemos este fenómeno", descreveu.

As Perseidas "são particularmente brilhantes e com um rasto persistente". O comunicador de ciência afirmou que "a maioria das chuvas de meteoros tem partículas muito pequenas e o tempo que eles [os meteoros] demoram a queimar na atmosfera e a consumir-se é muito curto". "Quando se faz a observação de meteoros, há sempre aquela tendência de: 'olha um!' e quando alguém se vira para lá ele já desapareceu. Portanto, estamos a falar de meteoros que duram menos de um segundo."

No entanto, "as Perseidas - e é isto que torna esta chuva de meteoros interessante - são mais persistentes, [os meteoros] duram mais de um segundo e consegue ver-se com um bocadinho mais de facilidade", sublinhou.

Se não conseguiu ver os meteoros, não se preocupe: as Perseidas estão ativas até ao dia 24 de agosto, ainda que em número "consideravelmente" mais baixo.