O cerco à volta da Huawei está cada vez mais apertado. A fabricante deixa de ter acesso a atualizações do Android e também à loja de aplicações da Google.
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É uma consequência da decisão de Donald Trump que decretou estado de emergência informática e proibiu as empresas dos Estados Unidos de estabelecerem contactos com companhias estrangeiras de telecomunicações que figurem na Lista de Segurança Nacional. Uma lista na qual a chinesa Huawei é um dos nomes mais famosos.
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Francisco Jerónimo, um dos principais analistas mundiais do mercado "mobile" já afirmou que "o negócio da Huawei na Europa vai sofrer um grande impacto". Para o analista português da IDC, até o objetivo de se tornar a marca mais vendida na Europa está em risco.
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O resultado imediato é que os chineses perdem desde já acesso a futuras atualizações do sistema operativo Android. As apps com selo da Google também poderão vir a ser afetadas e não aparecer nos futuros equipamentos da Huawei. Para se perceber o alcance disto basta sublinhar que uma das apps em questão é a Play Store, precisamente a loja da Google que permite instalar outras aplicações nos telemóveis.
E embora, por enquanto, as informações ainda não sejam oficiais, começa já a ser claro que se por um lado, a Google vai fechar a porta a qualquer colaboração ou apoio técnico à Huawei, por outro não vai conseguir impedir que a companhia chinesa tenha acesso ao Android. Uma versão open source (livre) e algo básica do sistema operativo da Google, mas mesmo assim funcional.
Até ver a Huawei ainda não reagiu às notícias. Mas convém lembrar que há um par de meses atrás, circulou o rumor de que a Huawei estaria a trabalhar num sistema operativo próprio. Justamente para o caso do conflito com o Estados se agudizar ao ponto em que está agora.
Na altura, a fabricante chinesa negou que esse sistema operativo existisse. Agora, ou num próximo lançamento, talvez ele apareça, como que por artes mágicas.
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