A sonda chinesa Chang'e-4 está a explorar as crateras do lado mais afastado da lua.
Corpo do artigo
O lado oculto da lua já não está assim tão na sombra. A missão chinesa Chang'e-4, a primeira a aterrar na superfície lunar que não se consegue ver a partir da terra, tem ajudado os investigadores a desvendar alguns dos mistérios do satélite natural.
A sonda chinesa está a explorar crateras onde consegue recolher amostras do manto lunar que podem lançar pistas sobre a origem e evolução da lua.
O manto é a zona da estrutura lunar entre a crosta e o núcleo, mas com o impacto de asteroides a crosta é penetrada e os pedaços do manto ficam a descoberto, podendo ser encontrados nas crateras.
Segundo as últimas as descobertas da Chang"e-4, divulgadas na revista científica Nature na última quarta-feira, a composição do manto revelou presença de minerais idênticos aos encontrados no manto terrestre, o que pode suportar a teoria de que a lua pode ter resultado da colisão entre a terra e um corpo celeste de grandes dimensões.
Depois do sucesso da Chang'e-4, que no início do mês chegou ao lado oculto da lua , a China vai enviar para a o satélite natural (para o lado visível) uma nova sonda ainda este ano, a Chang'e 5. Terá como objetivo regressar à terra amostras de matériais recolhidas no local.
LER MAIS:
A Lua está a encolher como uma passa. Em vez de enrugar, a superfície parte-se