O nome do fenómeno nada tem a ver com a tonalidade da Lua, uma vez que o corpo celeste não surgiu com a cor azul, mas sim avermelhada ou amarelada. Veja as fotografias
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De Portugal à Dinamarca, passando pelo Brasil, Catar e Turquia, a primeira superlua azul deste ano iluminou os céus por todo o mundo durante a noite desta segunda para terça-feira. Trata-se de um fenómeno raro: além de uma superlua, que acontece quando a lua cheia está mais próxima da Terra (e, por isso, parece maior e mais brilhante), a distinção "azul" é dada à segunda lua cheia num mês ou à terceira de quatro luas cheias numa estação. E foi precisamente isso que aconteceu: a Lua desta segunda-feira foi a terceira de quatro luas cheias deste verão e, por isso, é considerada "azul".
O nome do fenómeno nada tem a ver com a tonalidade da Lua, uma vez que o corpo celeste não surgiu com a cor azul. Na verdade, de acordo com o The Guardian, pareceu mais avermelhada ou amarelada, graças à luz refratada ao redor da atmosfera no horizonte.
"Lua azul é o termo que usamos quando vemos a lua cheia duas vezes num único mês. O ciclo da Lua é de 29,5 dias, um pouco mais curto do que a duração média de um mês do calendário. Eventualmente, esse intervalo resulta numa lua cheia, que acontece no início de um mês com dias suficientes ainda para outro ciclo completo, ou seja, uma segunda lua cheia no mesmo mês. Por outras palavras, uma lua cheia que acontece no 1.º ou 2.º dia de um mês, provavelmente, será seguida por uma segunda lua cheia no 30.º ou 31.º dia. Isso acontece a cada dois ou três anos", explica a agência espacial norte-americana NASA.
As luas azuis podem ser também sazonais, quando uma estação do calendário contém quatro luas cheias em vez das habituais três, sendo a lua azul a terceira das quatro luas cheias, algo que aconteceu este mês.
O fenómeno foi visível esta noite, mas a Lua vai parecer cheia até quarta-feira. Esta é a primeira de quatro superluas que estão previstas até ao final do ano: as próximas acontecem em setembro, outubro e novembro.
Segundo a NASA, a combinação da superlua e da lua azul é rara e o tempo entre as ocorrências é bastante “irregular”, podendo chegar a 20 anos, com 10 anos de intervalo, em média. Embora tenha existido uma superlua azul em agosto do ano passado, a agência espacial norte-americana prevê que as próximas superluas azuis vão ocorrer apenas em janeiro e março de 2037.