O Facebook e o Instagram podem vir a deixar de funcionar na Europa. O aviso é feito pela Meta, a empresa-mãe destas duas redes sociais.
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É uma ameaça velada, mas ainda assim uma ameaça. A Meta diz que se não puder armazenar as informações que recolhe acerca dos utilizadores europeus nos seus servidores que estão localizados nos Estados Unidos então, a opção pode ser acabar com o Facebook e com o Instagram na União Europeia.
Está em causa a viabilidade do negócio, diz a Meta. A gigante empresa tecnológica que no comunicado enviado à Comissão de mercados prefere dramatizar em vez de pôr em hipótese a solução mais óbvia: guardar os dados dos cidadãos da União Europeia em servidores localizados num dos 27 países da União Europeia.
Este braço de ferro já tem alguns anos e não é a primeira vez que a ameaça é feita. Na base deste aviso lançado pela empresa-mãe do Facebook e do Instagram está uma decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia considera que o acordo que permitia o alojamento de dados pessoais de cidadãos europeus e em servidores localizados na América afinal não é legal.
A este problema junta-se um outro também muito preocupante para os acionistas da Meta e que está ligado à legislação europeia de mercados e serviços digitais leis que potencialmente limitam os anúncios direcionados, precisamente a publicidade que está no coração do lucros do Facebook, do Instagram e também de outras empresas como a Google ou a Amazon.
No relatório enviado ao regulador norte-americano a Mate alega que essa lei vai fazer com que "provavelmente" as redes sociais fiquem "incapazes de oferecer uma parte dos nossos produtos e serviços mais significativos", leia-se publicidade e isso, continua o relatório "pode afetar negativamente os negócios" e lucros de Facebook e Instagram.
Legislação que ainda não está em vigor mas que já recebeu luz verde do Parlamento Europeu e que poderá ser regra ainda no primeiro semestre deste ano.
A dona do Facebook e do Instagram fez estes alertas no mesmo relatório em que anunciou que pela primeira vez a maior rede social do mundo perdeu utilizadores.