Nova época de ouro das cassetes? Única fábrica da Península Ibérica ainda faz 200 mil por ano
Para um formato que esteve quase a desaparecer, a cassete está de volta e a captar novos públicos. Do metal à eletrónica, a Edisco fica na Maia e é também "a fábrica mais rápida que existe".
Corpo do artigo
As cassetes já tiveram a sua época de ouro, nos anos 80/90, quando os carros tinham o respetivo leitor. No entanto, ainda "há quem queira transformar uma cassete num produto atual" e, talvez, por isso, os números de venda continuam a ser surpreendentes na Edisco, a única fábrica de gravação de cassetes na Península Ibérica.
"Chegávamos a fabricar um milhão de unidades por ano, hoje conseguimos fazer 200 mil unidades por ano", conta à TSF Armando Cerqueira. À primeira vista até pode ser um mero decréscimo, mas, o sócio da Edisco, afirma que "temos de nos situar" e lembra que a cassete "é um formato que hoje quase ninguém utiliza".
"É muito bom", considera, principalmente se tivermos em conta que foi por "piada" que trouxeram as máquinas de injetar as fitas nas cassetes vazias, da fábrica antiga para a nova, numa altura em que o CD já estava a dar.
Armando Cerqueira conta que reativar a fábrica nunca foi uma opção, até que "de repente começaram a aparecer encomendas". Um fenómeno que começou com o "boca a boca" e que assim continua.
Conseguimos fazer o processo todo em 15 dias, ou em 72 horas em caso de emergência
Os clientes da Edisco são de todos os géneros, mas é, "sem dúvida nenhuma", o metal que se destaca. Este tesouro de cassetes fica na Maia e, além de ser a única na Península Ibérica, é também "a fábrica mais rápida que existe".